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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Navegação...



A Navegação do Tocantins. 
(2º Série - Ensino Médio)


Na segunda metade do século XVIII, o marquês de Pombal previa que o rio Tocantins pudesse ser   “o mais seguro caminho   para levar a civilização e o progresso ao interior do país”. Durante o período da mineração de ouro, nossos rios estiveram trancado á navegação , assim como as picadas e os caminhos para  o Médio São Francisco , Piauí e  Maranhão. 
Criada a Companhia de Comércio do Pará-Maranhão, o marquês de Pombal mandava reabrir as picadas, os caminhos e a navegação com Belém do Pará.
O desbravamento para ocupar os barrancos do Baixo Tocantins passou a atrair gente de toda a parte, principalmente do Nordeste brasileiro. Começava um ciclo de intenso desenvolvimento para o Tocantins. O Vale do Tocantins passou a gerar riqueza para o reino em troca da mão de obra escrava africana e produtos do reino (ferramentas, tecidos, miudezas).
O Tocantins mandava de botes e canoas para Belém ouro, algodão fumo, açúcar de cana, couro de boi, carne de sol, etc. De Belém, esses produtos eram embarcados em navios para a Europa. Durante o período pombalino, frotas consideráveis de canoas e botes desciam e subiam o Rio Tocantins. Roceiros e criadores de gado expandiam a geografia econômica tocantinense. Um novo modelo de povoamento diferente dos mineradores aventureiros de ouro passou a dominar as ribeiras do rio Tocantins.
Com a queda de Pombal, porém extinguiu-se a Companhia de Comércio Pará-Maranhão. No século passado, o ouvidor Theotônio Segurado lutou pela navegação
mercantil do Rio Tocantins, assim como o governador Couto Magalhães que chegou a criar uma companhia de navegação a vapor no Rio Araguaia. No início deste século apareceram os batelões tipo de embarcação para transporte de carga e passageiros, que realizavam viagens regulares a Belém. O látex do caucho (mangabeira) tinha mercado garantido na Europa, e a navegação mercantil de batelões com Belém passou a exigir frota considerável de embarcações em nossos rios.

Rodovias

A rede rodoviária do estado do Tocantins é formada pelos sistemas federal, estadual e municipal.
A principal rodovia do nosso estado é a BR- 153/226, denominada Belém-Brasília. Ela corta o território tocantinense na direção sul-norte até a divisa com o estado do Maranhão. É ao longo do percurso dessa rodovia que aparece a maior concentração de cidades e habitantes em nosso estado.
Outra rodovia, a Transamazônica (BR-230), vem de Marabá, no estado do Pará, penetra em nosso estado perto do município de Araguatins e vai até o encontro com a Belém-Brasília, na divisa com o estado do Maranhão.
As rodovias estaduais, identificadas pela sigla TO, ligam a rodovia federal Belém –Brasília a cidades importantes, como Porto Nacional (TO262) Cristalândia (TO-252), Pium (TO-265), Miracema do Tocantins  (To-370), Colméia (TO-376), e Aragominas (TO-287). A Rodovia da Integração, TO -050 liga Palmas a Natividades.





História da Rodovia Belém-Brasília

O Bandeirante do Século XX


Desbravador da mata, herói pioneiro, homem e a árvore, bandeirante moderno, ou bandeirante do século XX são títulos atribuídos a Bernardo Sayão, que entrou para
a história com sua última e grande realização: a construção da Belém –Brasília iniciada em 1958. A longa rodovia ligaria definitivamente o Sul ao Norte do Brasil, com  extensão de 2.169 quilômetros. A obra, antes com ares de utopia, hoje é uma realidade que compreende o Distrito Federal e os estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará.
Beneficia as populações do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Dirigiu a Colônia Agrícola de Goiás, cujo  trabalho foi tão importante, que várias fazendas chegaram a um nível de desenvolvimento que transformaram-se em núcleos formadores de algumas cidades goianas, a exemplo de Ceres.
Entusiasta defensor da interiorização da Capital, Bernardo Sayão foi um dos primeiros diretores da NOVACAP a transferir-se para Brasília com sua família.
Nos primeiros meses da construção, foi responsável pela abertura da primeira escola e dos cinemas pioneiros.
Nasceu no Rio de Janeiro e diplomou-se pela Escola Superior de Agronomia e Medicina Veterinária de Belo Horizonte. Vitima de uma tragédia que mobilizou todo o poder público, a imprensa e a população brasileira, Bernardo Sayão morreu em 1959, atingido por uma árvore no município de Açailândia (Maranhão), quando faltavam apenas 50 quilômetros para a conclusão da estrada.

Formação dos arraiais

“Há ouro e água”. Isto basta. Depois da fundação solene do primeiro arraial de Goiás, o arraial de Sant'Anna, esse foi o critério para o surgimento dos demais arraiais. Para as margens dos rios ou riachos auríferos deslocaram-se populações da metrópole e de todas as partes da colônia, formando à proporção em que se descobria ouro, um novo arraial “que podia progredir ou ser abandonado, dependendo da quantidade de riquezas existentes”. (PARENTE, Temis Gomes, 1999, p.58)
Nas décadas de 1730 e 1740 ocorreram as descobertas auríferas no norte de Goiás e, por causa delas, a formação dos primeiros arraiais no território onde hoje se situa o Estado do Tocantins. Natividade e Almas (1734), Arraias e Chapada (1736), Pontal e Porto Real (1738). Nos anos 40, surgiram Conceição, Carmo e Taboca, e mais tarde Príncipe (1770). Alguns foram extintos, como Pontal, Taboca e Príncipe. Os outros resistiram à decadência da mineração e no século XIX se transformaram em vilas e posteriormente em cidades.







 

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